“Abri minha clínica durante a pandemia e não me arrependo”
Clínica Experts
Ei, espero que goste do artigo. Posso te ajudar a organizar e informatizar sua clínica ou consultório, clique aqui.
Professora desde 1999, a farmacêutica-bioquímica Patrícia Rodella migrou para a Estética depois de sofrer com a desvalorização da docência. Após concluir o Doutorado em Ciências Farmacêuticas, passou a ouvir indiretas como “com o seu salário nós podemos pagar 4 professores”, o que a motivou a trocar a rotina no ambiente acadêmico pelo empreendedorismo. Atualmente, ela atende em São Carlos - SP, além de ministrar cursos próprios para cerca de 500 alunos.
🎙️Clique aqui e confira a entrevista completa no podcast CliniTalks (YouTube)

O começo na Estética
Seu ingresso na Estética aconteceu quase ao acaso: em dúvida entre uma pós de Homeopatia, acabou preferindo um curso de especialização em Estética por esse ser mais rápido. Na época, os profissionais da Farmácia estavam se consolidando na área, e Patrícia ficou entusiasmada com os injetáveis. “Eu dava aula de injeção. Sempre tive a seringa na mão, e pensei que ia continuar assim na Estética”.
Porém, uma aula de peeling mudou sua visão: os ácidos se tornaram sua preferência na prática clínica. O problema, porém, era o descontrole: a soma de inflamações gerou muitas intercorrências.“No começo da carreira, eu não tinha me apaixonado pela pele ainda, eu tinha me apaixonado pelos ácidos”, lembra.

Sua forma de ver os tratamentos mudou após cursos que ampliaram seu horizonte de abordagens clínicas. “Eu comecei a trabalhar recuperação de pele, realmente entender a derme e epiderme, é o que sigo até hoje”. Contudo, ela descobriu da pior forma que o conhecimento clínico não é suficiente para fechar as contas no fim do mês.
Depois de uma parceria que deu errado, Patrícia perdeu mais de R$ 70 mil. “Fui diminuída demais, fui chamada de lixo, de burra. Foi um momento bem triste, eu não saía de casa”, conta. Após se recuperar dessa queda, ela voltou a atender, dessa vez em uma clínica médica, ganhando 30% de comissão. Foi nessa época que ela fez duas imersões clínicas que, novamente, ampliaram sua forma de pensar sobre o próprio trabalho.
Naquele momento, Patrícia tinha muito conhecimento e pouco dinheiro – afinal, na clínica médica ela ganha cerca de R$ 1,2 mil por mês. E enquanto ela reavaliava decisões, o mundo inteiro recebia o fenômeno mais terrível dos últimos anos: a pandemia de COVID. Aproveitando o tempo extra para estudar mais, Patrícia começou a usar a internet para construir uma marca pessoal. “E no meio da pandemia eu aluguei minha sala. No começo não foi fácil, mas eu não me arrependo.”

Atualmente, Patrícia se divide entre atendimentos na própria clínica, aulas em um curso de pós-graduação e aulas no curso online que ela criou. “A gente perde a mão se não atende. Eu vejo uma leva de gente que quer ser professor sem bagagem. E a bagagem não é sobre o que fazer, é sobre o que fazer se der errado”, analisa.
Trabalhar por comissão vale a pena?
Hoje, depois de ter passado por tantas experiências profissionais, nem todas positivas, Patrícia aprendeu a lição: trabalho por comissão, apenas quando for vantajoso. Segundo ela, uma boa dica é negociar o auxílio para cursos e qualificações. “Quando tudo fica alinhado, quem está ganhando menos não se sente usada”, afirma.
Expectativa para o futuro
Em relação ao futuro da Estética, Patrícia observa que, se por um lado o Brasil tem um mercado extremamente aquecido, por outro, prevalece uma busca frenética por novidades, muitas vezes desconsiderando os riscos.

Ela diz que muitos donos de clínicas não aplicam a visão empreendedora ao renovar insumos e aparelhos sem necessidade. “Você tem público para pagar por um produto de skincare com preço maior ou o público que frequenta a tua clínica tem um ticket mais baixo?”
🎙️Clique aqui e confira a entrevista completa no podcast CliniTalks (Spotify)
Clínica Experts
Em uma única plataforma, reúne todas as ferramentas necessárias para uma gestão automatizada, eficiente e segura de clínicas ou consultórios.